domingo, 9 de dezembro de 2012

Captura, Processamento e wavelets (Júpiter)

Essa postagem tem a finalidade de mostrar a diferença entre aquilo que se captura e o resultado final.
Particularmente para quem está iniciando em astrofotografia planetária, as vezes ficamos decepcionados com nosso resultado achando que é problema do telescópio ou da câmera utilizada. Nem sempre isso é verdade e o problema geralmente é no processamento da imagem.

Os programas utilizados para captura e processamento de imagens utilizados aqui foram:

SharpCapture - Captura dos filmes (freeware)
Castrator - Redução do tamanho do filme (freeware)
AS2! - Alinhamento e empilhamento (freeware)
Registax 6 - wavelets (freeware)
Adobe Photoshop CS3

Pois bem, o que será mostrado logo abaixo é o resultado de capturas de 60 segundos em cada canal de cor utilizando-se uma câmera monocromática, no caso a ASI120MM. Está câmera foi introduzida no mercado brasileiro pelo site do Armazem do Telescópio.

1o - Resultado da captura, passando a seguir pelo Castrator e AS2!:

Canal Blue

Canal  Green

Canal Red
2o - Abrindo o canal Red no Registax e aplicando os wavelets a imagem já fica assim:




Repare que os detalhes começam a surgir quase que milagrosamente :)
O mesmo procedimento deve ser feito com os canais Green e Blue.

Após isso abre-se as três imagens no Photoshop, ajusta-se os levels, curves, filtros etc...
Cria-se então uma nova imagem em RGB em fundo branco e 16 bits e adiciona-se as imagens em cada canal para se obter a imagem em cores. Faz-se mais alguns ajustes....

A fim de melhorar ainda mais a qualidade do resultado final, aplica-se novamente o canal Red sobre a imagem RGB, criando-se então o que se chama de RRGB.

O resultado final fica esse:



Sem dúvida bastante diferente daquilo que foi capturado lá no início.
Obviamente que os resultados nunca são iguais. cada um processa ao seu gosto.
Se algum leitor desse blog quiser experimentar, faça o download das imagens brutas (R,G e B) e tente ver o que consegue. É divertimento na certa!

Até breve

Júpiter em 3x

O brilho de Júpiter chama a atenção no céu e pede para ser fotografado. Aqui mais uma captura. O foco e os wavelets ainda precisam melhorar. Usei um barlow 3x da Meade. Particularmente achei a GSO 2,5x melhor. Foram 1000 frames por canal em RRGB.
Usei o Castrator e AS2.
Estou também testando um plugin para Photoshop chamado Astra Image. Esse plugin tem os wavelets semelhantes aos do Registax. Não forcei muito no contraste para não borrar a imagem.

Link do plugin: http://www.phasespace.com.au/



Aqui um outro processamento com o Astra Image aplicando uma redução de 50%. Usei o Registax 6 para empilhamento:

Júpiter - C 9.25
Cam: ASI120MM

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Lua - primeiras fotos

As vezes ficamos interessados em coisas distantes e difíceis de fotografar quando temos um universo a ser explorado bem perto de nós. É o nosso satélite natural, a Lua.

É um objeto rico em detalhes. É um mundo a parte cheio de formações intrigantes e não menos interessantes do que os objetos do céu profundo.

Estarei postando aqui minhas primeiras imagens, grosseiramente processadas, mas tenho certeza que aos poucos a qualidade vai melhorando. Aproveitarei também para ir identificando as formações lunares.

A medida que for processando irei postando neste mesmo lugar. Fiz cerca de 8 filmes de regiões diversas com a AZI120MM com o filtro verde:




domingo, 18 de novembro de 2012

M42 - A grande nebulosa com DSLR

Sem dúvida é uma das nebulosas mais fotografadas e mais belas também.
Aqui uma versão sem muitos processamentos e foi feita com a Canon 450D. Sim fotografias com uma DSLR são mais fáceis e rápidas e a qualidade da foto depende muito mais das habilidades de processamento do que da câmera propriamente dita.

Para aqueles que se interessam por fotografias astronômicas usando a DSLR recomendo o seguinte:

1. Para iniciantes:


2. Para intermediários e avançados:


São CDs com muitas dicas, desde os equipamentos necessários até vários vídeos com técnicas básicas e avançadas de processamento de imagens.

Estou recomendando porque realmente são os melhores tutorias que já encontrei sobre o assunto. 
Abordam detalhes técnicos de forma leve mas em profundidade e sempre acompanha exemplos práticos.

Minha M42 do dia 17/11/12

M42 - C 9.25 e Canon 450D

sábado, 17 de novembro de 2012

47 TUCANEA - NGC104

É um aglomerado globular localizado na constelação do Tucano. Pode ser visto a olho nu e possui uma magnitude 4.0.
Ele é também o segundo aglomerado mais brilhante no céu depois do Omega Centauro.

Aproveitei para registrá-lo na DSLR (Canon 450D) em exposição de 24 minutos (subframes de 100 seg - ISO 800), já que não estava utilizando qualquer filtro e a poluição luminosa estava moderada.

47 TUCANEA (NGC104)
C 9.25 F/6.3 e Canon 450D (mod)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

NGC1977 - RUNNING MAN 2

Segunda tentativa da captura dessa nebulosa.

Apesar do tempo estar bom ventava muito forte e acabou que só pude fazer 20 min de exposição em subframes de 50 segundos. Tive que reduzir drasticamente os tempos de exposição a fim de minimizar os halos nas estrelas grandes e principais dessa nebula. 
Em contrapartida houve significativa diminuição do sinal e algumas cores não se revelaram adequadamente. Até poderia tentar puxá-las no processamento, mas não o fiz dessa vez.

Fiz também um teste de uma ferramenta bastante utilizada por astrofotógrafos no mundo inteiro e que se chama "astronomy tools" (link abaixo). 

Não se trata de um programa, mas de um conjunto de ações programadas para todas as versões do Photoshop e foram desenvolvidas exclusivamente para o tratamento de imagens astronômicas. O que posso dizer nessa análise inicial é que facilita muito e a um custo relativamente barato comparado com outros plugins e programas.

O link para quem quiser experimentar é:

http://www.prodigitalsoftware.com/Astronomy_Tools_For_Full_Version.html

Eis como ficou a NGC1977 dessa vez:


Abaixo a primeira tentativa já publicada nesse blog para comparação:


Ainda com intuito comparativo, abaixo uma foto dessa nebulosa feita a aproximadamente 1 ano atrás com um C8 em F/6.3 e uma DSRL Canon 450D (modificada por mim mesmo - sem o filtro IR) e com o filtro Lumicon Deep Sky. Reaparem o campo de visão bem maior proporcionado pelo largo sensor da câmera:


domingo, 11 de novembro de 2012

Júpiter 2 - outro processamento

O processamento  de imagens planetárias difere bastante das imagens de céu profundo. O principal programa utilizado pelos astrofotógrafos, sem dúvida é o REGISTAX (link abaixo- freeware). Ele converte o filme capturado em imagens fixas, que posteriormente serão processadas utilizando-se outro programa (photoshop por exemplo).

Link do REGISTAX:

http://www.astronomie.be/registax/

Os parâmetros de configuração do REGISTAX são bastantes confusos para quem está iniciando, pois apresenta inúmeros parâmetros de configuração. Neste caso utilizei a versão 5, que me apresentou melhores resultados do que a última (versão 6)

Seguindo a intuição e vendo alguns vídeos no youtube, sem maiores aprofundamentos, reprocessei uma das tomadas que fiz do planeta e obtive o resultado abaixo.

Foram pequenos filmes de apenas 30 segundos em cada canal de cor, empilhados separadamente no REGISTAX  e posteriormente combinados e ajustados (ajustes básicos) no Photoshop CS3. Certamente filmes maiores produzirão mais detalhes do planeta.

Assim que o tempo melhorar buscarei fazer filmagens maiores para futura comparação.

Utilizado uma barlow de 2x (Celestron ultima) no C 9.25 em F/ 6.3 e  câmera ASI120MM

 
Júpiter em 11/nov/2012 às 02:30 da manhã
Aparece também um dos satélites do enorme planeta
 
Ao invés de utilizar o REGISTAX e usando o AS!2, também free, a mesma imagem ficou assim:
 
JUPITER E AS!2

 
Link do AS!2 : http://www.autostakkert.com/


Júpiter - Primeira tentativa

Segue uma captura de Júpiter da madrugada de hoje 11/nov/2011.

 Apanhei bastante no Registax, mas o que me chamou a atenção foi uma saliência no canto superior esquerdo. Seria um satélite ou uma colisão?

Conforme primeira imagem nada aparecia.
Foram frames de 30 segundos e de 1 minuto.
Dei um zoom no canal azul onde a saliência aparece melhor.

 
JÚPITER 1

JÚPITER 2

JÚPITER BLUE


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

M1 - CRAB NEBULA

Noite com céu e condições climáticas muito boas. O alvo foi a Nebulosa do Caranguejo, ou simplesmente M1, Localiza-se abaixo da Constelação de Orion, na constelação de Touro.
Pode ser vista até de binóculo em ceu bem escuro.

Nessa foto fiz uma salada de tempos de exposição que totalizaram 117 min e 50 s distribuidos da seguinte forma: R: 47min, G: 35min, B: 27min e 30s, L: 8min e 20s. Subframes variáveis de 100 a 400s. O motivo do tempo maior no canal R foi porque ele estava revelando mais detalhes do objeto. Balancear tudo isso me tomou algum tempo no processamento...

Essa nebulosa é o resultado de uma explosão de uma estrela e está a 6500 anos luz da Terra. Tal explosão foi avistada pela primeira vez no ano de 1054, onde seu brilho podia ser visto até de dia. É uma das mais intensas fontes de raios X e Gama conhecidas. No centro existe um pulsar com frequência de 30,2 vezes por segundo.


M1 - CRAB NEBULA (Nebulosa do Caranguejo)
117min e 50s de exposição
 Apenas para ilustrar, abaixo seguem os frames obtidos em cada canal separadamente. Reparem o que cada cor pode revelar:

CANAL RED:




CANAL GREEN:




CANAL BLUE:


terça-feira, 6 de novembro de 2012

IC 434 - Horse Head Nebula

Continuando a exploração da constelação de Orion, que está surgindo ao Leste em um bom horário para mim, registrei a famosa Cabeça do cavalo ou IC 434. De fato é uma nebulosa escura e muito tênue. Praticamente ela só se revela nitidamente no canal R ou em HA. A fotografia abaixo eu utilizei exposição de 30 min em Red, 15 min em Green e 15 min em Blue.
Empilhamento DSS e tratamento básico no PS.
O setup é o mesmo C 9.25 em F/3.3 e CCD Atik 314E


IC 434 - HORSE HEAD NEBULA

 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

M42 e M17

O tempo aqui no RS não está dando trégua. Chuva e nebulosidades constantes. Consegui captar a esplendorosa M42 (nebulosa de Orion) e M17 (cisne). Não tive muito tempo e foram apenas 15 minutos por canal (RGB). Gostei do resultado apesar do pouco tempo de exposição. Posto aqui para registro. A M42 em 17 de outubro e a M17 no dia 22. C9.25 com F/3.3 e Atik 314E mono.

M17

M42 E M43

sábado, 6 de outubro de 2012

VENDA DE MONTAGEM CELESTRON CG5-GOTO

Estou aproveitando esse espaço para informar que estou colocando minha montagem (tripé) Celestron CG5 com a  função GOTO a venda.

A montagem está em perfeitas condições de uso e todas as fotos postadas neste blog foram feitas com ele.
Suporta bem telescópios de até 15 kg para observações visuais e 11 kg para astrofotografia (que é o meu caso).

Dependendo das condições de alinhamento polar já consegui tempos de exposição sem rastros de 600s ou 10 minutos, o que é uma marca excelente em termos de astrofotografia.

Não possuo as caixas das pernas do tripé, somente dos motores.

Acompanha 01 contra-peso de 11 lbs (esses pesos podem ser conseguidos separadamente em lojas)

É uma montagem ideal para iniciantes e intermediários em astrofotografia e seu custo, considerando a alta do dolar e importação, está bastante acessível.

Seguem imagens dele




Valor R$ 2.700,00

email para contato: gfp88@hotmail.com




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Esculptor Galaxy - NGC 253

Noite bastante fria aqui no sul, porém com céu limpo. O luar atrapalhou bastante.
O alvo foi a NGC 253 ou Galáxia do Escultor.
É uma galáxia espiral e que atravessa um momento de grande formação estelar.
Possui uma magnitude de 8.0 e também é conhecida por ficha de prata (silver coin) devido a sua aparência

A fotografia foi tirada entre 20:30 e 23:00 e nesse horário está na direção leste.
R: 37 min em framaes de 50s
G: 41 min em frames de 50s
B: 33 min em frmaes de 30s

NGC 253 - Sculptor Galaxy
C 9.25 e ATIK 314E Mono

sábado, 22 de setembro de 2012

Galáxia Espiral Barrada - NGC 1365

Aproveitando a trégua do São Pedro, que brindou o Sul com chuvas, ventos de até 120 km/h e pedras de granizo do tamanho de bolas de golfe até quarta-feira, tivemos ontem uma noite fria e seca que me inspirou a montar toda a tralha para fazer algumas fotos e a primeira filmagem com a ATIK 314E.

A filmagem da lua postarei depois.

Prosseguindo com as fotos em RGB, já que ainda não estou utilizando o filtro Luminance, escolhi como alvo uma galáxia espiral barrada. A NGC 1365.

A propósito, está galáxia faz parte de um grupo de 4 quatro galáxias bem próximas umas das outras na constelação Fornas, mas com características completamente diferentes.

As 4 galáxias são:

 NGC 1365 - Galáxia Espiral Barrada (centro)
, NGC 1316 Fornax A - Rádio Galáxia Lenticular (esquerda)
, NGC 1350 - Galáxia Espiral (baixo)
 e NGC 1427 - Galáxia Elíptica (direita)

Abaixo uma imagem obtida pelo programa Star Walk que mostra a posição relativa das galáxias mencionadas


A seguir a foto que obtive dela com aproximadamente 30 minutos de exposição por canal de cor em frames de 40 segundos, totalizando um tempo total gasto de apenas 1h e 30 minutos:

NGC 1365 - ATIK 314E e C 9.25




sábado, 15 de setembro de 2012

"Olho de Deus" - Helix Nebula - NGC 7293

Continuando as experiências com a ATIK 314E monocromática em conjunto com o set de filtros LRGB da Orion, fiz uma exposição de 30 min por canal de cor (RGB), em  frames de 45 segundos cada. Assim o trabalho total foi de 1h e 30 min. Graças ao redutor focal da Meade, a razão focal do C 9.25 ficou em F/3.5.

Para se ter um idéia do poder desse redutor, o C 9.25 vem originalmente com F/10, ou seja, 2350mm de distância focal. Com o uso do redutor F/3.3 da Meade e, dependendo da distância entre o CCD da câmera e ele, pode-se chegar a uma distância focal de 823mm ou F/ 3.5, como foi o caso da foto da Helix Nebula ou NGC 7293.

Trata-se de uma nebulosa planetária distante cerca de 700 anos luz da terra e portanto um dos objetos mais próximos de nosso planeta. Localiza-se na constelação de Aquário e torna-se um alvo fácil para fotografia nessa época do ano. A direção geral do objeto é no leste.
Não puxei muito no processamento, apenas equilibrei as cores, conforme explicado no vídeo do post anterior

CELESTRON C 9.25 E ATIK 314E
HELIX NEBULA - NGC 7293
CELESTRON C 9.25 E ATIK 314E

Também aproveitei para fazer uma foto da M27. Esse é um dos objetos que tenho mais fotografado, pois considero um desafio revelar todos os seus detalhes escondidos. Já postei diversas fotos dele feitos com uma DSLR, mas os resultados com a ATIK 314E com apenas 30 minutos de exposição me surpreenderam.
Como não poderia deixar de ser fiz uma comparação entre os resultados obtidos entre essas duas câmeras:

Com ATIK 314E:

M27
C 9.25 e ATIK 314E - F/3.5

M27
C 9.25 e Canon 450D (mod) - F/6.3



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fotografando em RGB com ATIK 314E



Após algum tempo aguardando ansiosamente a chegada do CCD encomendado, no caso uma ATIK 314E monocromática e conjuntos de filtros LRGB da Orion, finalmente chegaram e pude fazer minha primeira experiência com esse tipo "avançado" de astrofotografia.

Primeiramente quero dizer que o início não foi tão simples quanto imaginava, pois ajustar o conjunto CCD + roda de filtros + redutor focal F 3.3 com o C 9.265, requereu alguns dias de estudo e pesquisa extra.
 Além disso a técnica para se obter a imagem final em cores é completamente diferente da que eu estava acostumado a fazer com a DSLR e portanto tive que aprender muitas coisas novas. Para facilitar resolvi fazer um vídeo, não só para que outros possam ter um ponto de partida, mas também para que eu mesmo não esqueça os procedimentos. O vídeo está no final da postagem.

1. O  equipamento:

ATIK 314E - CCD

ATIK 314E - CONEXÕES


MEADE FOCAL REDUCER F/3.3






ORION 1.25 FILTER WHEEL















ORION 1.25 LRGB FILTER SET




2. Conexão com telescópio
 

ATIK 314E + ORION FILTER WHEEL + 15mm extensor + Meade F/ 3.3 focal reducer

Essa conexão foi a forma que encontrei para facilmente se conseguir foco. A ATIK 314E é uma das poucas câmeras que se adaptam bem com o redutor focal F/3.3 (sensor de 1/2). 

No momento que postei essa foto já tive informação que é melhor retirar a extensão entre o redutor focal e a roda de filtro. Isso é importante porque a distância focal entre o redutor e o CCD é crítica para se evitar vinhetagem e também para se obter a redução focal correta. 

A distância entre o redutor focal e o CCD deve ser de 57mm para se obter F/3.3.
 Na foto acima a distância está além, o que provocou uma leve vinhetagem e leve distorção das estrelas na borda, conhecido como "coma". Espero corrigir isso nas próximas fotos.

3. As primeiras fotos

Com esse redutor focal o tempo de exposição foi reduzido em cerca de 80 %.
 Para tanto fiz 20 exposições de 50 segundos por canal de cor.
 Nem preciso dizer que o alinhamento polar precisa estar muito bom para se evitar o rastro nas estrelas.
A montagem é a mesma CG-5 e a guiagem feita com OSSAG e mini scope da Orion (já comentado em post anterior)

Assim ficaram as imagens emplilhadas no DSS:

Canal vermelho (Red):


Canal verde (Green):


Canal azul (Blue):


Após fazer os procedimentos do vídeo ao final, eis a imagem final em RGB:



O vídeo que demonstra todo o processo utilizado:


O link no youtube para melhor visualização é:


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Foco fino em telescópios SCT - M27 teste

Todos aqueles que possuem um SCT (Celestron ou Meade) já devem ter percebido uma certa dificuldade para se chegar ao foco mais perfeito possível, principalmente quando se trata de astrofotografia. Pois bem, fiz uma longa pesquisa de como solucionar esse problema de modo satisfatório. Cheguei então a esse acessório abaixo, que é um focalizador Crayford de 2 velocidades:

Sua instalação é extremamente simples pois é rosqueado diretamente no tubo:


A fim de permitir que se possa utilizar o redutor focal como mostrado na figura acima é necessário também um extensor que se encaixa como se fosse uma ocular e tem uma saída rosqueada onde podemos colocar o redutor

A montagem toda fica assim:


Porém, para se chegar ao melhor foco, ainda é preciso um software que é chamado de BackyardEOS.
Esse programa serve para realizar as capturas (planetárias ou de céu profundo) e possui uma função específica para se ajustar o foco. A tela abaixo demonstra essa função:


Obs: por meio dessa função, que fica capturando em modo live view, também é possível se fazer o alinhamento perfeito da montagem. Ela possui o retículo facilitando muito a centralização das estrelas para a calibração da montagem.

Por meio do índice FWHM é que se chega ao melhor foco possível. Quanto menor o valor melhor. Focaliza-se a grosso modo no focalizador original do telescópio e depois se faz o ajuste fino no Crayford.

CUSTO:

Tudo isso sai por volta de U$ 240,00. 


Ao final  postarei os links de onde adquiri os acessórios mencionados neste post.

Como primeiro teste, escolhi a nebulosa M27, que nessa época está excelente para astrofotografia.

O resultado me deixou bastante satisfeito.
 Tempo de exposição de 44 minutos em frames variados de 80, 120 e 160 segundos. Telescópio em F 6.3.

M27

Agora vejamos a mesma imagem  usando somente o focalizador padrão do telescópio e utilizando também a máscara de Bahtinov:

M27

As imagens falam por si. A diferença é bastante significativa

Links: