segunda-feira, 18 de março de 2013

Galáxias da temporada

Um dos objetos mais fascinantes são as galáxias. Elas são muito semelhantes a nossa própria Via-lactea. Milhares de sistemas solares, estrelas, planetas, nebulosas e, quem sabe, vida inteligente como a nossa.

Neste mês surgem alguns desses objetos favoráveis a astrofotografia e que serão mostrados a seguir por telas do programas Star Walk.

Dentro do contexto aparecem algumas estrelas para facilitar a localização delas no céu.

Agora vamos fotografá-las e depois postar o resultado:

Grupo de galáxias na constelação de Virgo (virgem)

 

 

NGC5128 -Centaurus A

Imagem obtida na primeira metade da noite de 17 março de 2013. Foi utilizado o C 9.25 em F/ 6.3 com a Canos 450D com filtro Hutech IDAS LPS 2. A Captura de 1h e 21 min foi variada conforme se pode ver no quadro abaixo:


A foto obtida foi um crop:

Pequena escala (580 px)

Em larga escala

Larga escala -clique para ampliar

quinta-feira, 14 de março de 2013

NGC2359 - Thor's Helmet - C 9.25

Dessa vez foram 49 exposições de 180s com a Canon 450D. Esse foi o limite de exposições na mesma noite tendo em vista os prédios vizinhos

Na primeira imagem foi feito o processamento mínimo no PS.

A segunda um processamento mais acurado utilizando o PI e PS e ainda um crop da nebulosa.

Processamento inicial
NGC2359 - C 9.25 e Canon 450D: 49 x 180s

Aqui a última foto antes do crop. Depois só trabalhei em cima dele:


segunda-feira, 11 de março de 2013

NGC2359 - Thor's Helmet (PS e PI)


Segue minha primeira astrofoto da NGC2359, também conhecida como Thor's Helmet

 É uma nebulosa na direção da constelação de Canis Major e bem próximo da estrela Sirius (visualmente falando).

O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel em 1785, usando um telescópio refletor com abertura de 18,6 polegadas.

Aqui fotografado por um tele de 80mm em 18 frames de 120s pela Canon 450D. 
Pretendia fazer umas 2 horas, mas as nuvens tomaram conta hoje. Uma exposição maior revelaria mais detalhes dos "braços".

 Sem flats, darks ou bias e por isso tive que escurecer o fundo além do normal para minimizar os hot pixels (temperatura do CCD estava em 30ºC).

NGC2359 - Orion ED80T e Canon 450D
Localização no céu:


Fonte do mapa: http://www.eso.org/public/brazil/images/eso1238b/

A seguir o resultado da captura com a Atik314E, sem redutor focal, com subframes de 160s para cada canal (RGB), sem Luminance. 35 min por canal (aproximado). Processamento no PixInsight a partir do processamento feito no PS CS3.

FOTO 1 - Processamento no Photoshop


Foto 2 - Processamento no PixInsight a partir da Foto 1


sexta-feira, 8 de março de 2013

NGC3372 - Refrator APO de 80mm

No mundo da astrofotografia telescópios pequenos muitas vezes nos surpreendem com seus belíssimos resultados. É o caso do Orion ED80T e do seu irmão ED80.

Orion ED80


Orion ED80T

Esse pequeno telescópio de menos de 3kg, com 480mm de distância focal, 80mm de abertura, produz resultados que deixam seus irmãos maiores e desajeitados com pulgas atrás das orelhas.

Quanto se inicia na astrofotografia, tem-se a impressão que só conseguiremos resultados satisfatórios com telescópios enormes, com mais de 200mm de abertura, seja newtonianos, dobsonianos, Cassegrain ou Maksutov. Essa ideia não é verdadeira, principalmente se o objetivo for objetos do céu profundo (deep sky). Explico:

 Como a astrofotografia depende de longas exposições fotográficas, a abertura ou tamanho do telescópio não são tão relevantes, já que o tempo de exposição e a quantidade de frames (fotos) compensam esse quesito. Para obervações visuais, quanto maior a abertura melhor, mas para astrofotografia o mais importante é a ótica e, claro, a câmera utilizada.

Em relação a ótica do telescópio, o ideal é que sejam refratores apocromáticos, pois esses modelos possuem excelente correção de cor e impedem ou minimizam a aberração cromática (cores ao redor dos objetos mais brilhantes, normalmente violeta ou azul). Como possuem essa correção em relação aos refratores comuns ou acromáticos, permitem altos aumentos sem perder a definição do objeto, tanto visualmente quanto fotograficamente.

Ainda dentro do universo dos apocromáticos é importante salientar que existem diferentes tipos de correção:
Tem os telescópios que são dubletos (dois elementos) e os tripletos (três elementos). 
Tem os que utilizam lentes FPL51 e outros FPL53 ou superiores.

Em relação aos modelos citados neste post, o Orion ED80 é um dubleto e utiliza 1 elemento FPL53, já o ED80T é um tripleto e também utiliza 1 elemento FPL53.

Após essas breves explicações e já deixando de lado o aspecto técnico da coisa, realizei uma primeira sessão de fotos com o ED80T tendo como alvo a conhecida nebulosa NGC3372 - Eta Carina. 
Como esse telescópio possui uma DF de 480mm o campo de visão é farto e permite captar um área bem grande do céu. Vamos então resultado de 45 frames de 30 segundos cada, em ISO 800 na Canon 450D:

NGC3372 - Orion ED80T e Canon 450D

A seguir um crop da região central (da foto acima)

NGC3372 - Orion ED80T e Canon 450D

A seguir para fins de comparação uma foto da mesma região utilizando um telescópio de 235mm (C 9 1/4) e Câmera ATIK 314E Mono:


NGC3372 - C9.25 e Atik 314E


Aproveitei também para fazer um teste planetário com esse pequeno. O escolhido foi Saturno e foram 1000 frames por canal com a ASI120MM. Utilizado também uma barlow 5x:

Saturno Orion ED80T e ASI120MM
Conclusão:
 Estou IMPRESSIONADO com a capacidade do Orion ED80T. É um telescópio altamente recomendável seja para observação visual, astrofotografia ou observação terrestre. Além disso é SUPER portátil

Seguem as fotos do setup da Atik com redutor focal 0.5x e da Canon 450D para a obtenção de fotografias com o ED80:


Canon 450D preparada para fotos com o ED80T
Foco em 5,65

ATIK 314E com redutor de 0.5x

Atik 314E no ED80T - Foco em 1,6
Atik sem redutor focal - Foco em 4,6mm