segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Remoção de vinhetagem

Um dos maiores problemas quando se utiliza chips largos, tais como uma DSLR (Canon, Nikon etc..) é a ocorrência de vinhetagem na imagem (bordas escuras e imagem central clara)
A figura abaixo mostra o exemplo do que estou falando:


A fim de minimizar esse efeito, encontrei uma solução muito simples usando o Photoshop e que apresenta um resultado satisfatório.

Obs: Na imagem acima não foi feito nenhum tratamento, apenas ajustei os níveis para que o objeto pudesse ser revelado.

A seguir o vídeo onde demonstro a técnica utilizada:


http://www.youtube.com/watch?v=CwdEjcyQ4rw


Após os procedimentos explicados no vídeo acima, o resultado:



M45 - NGC253 - M27 - NGC104

Após um período ajustando meu setup, agora com observatório fixo e com a aquisição de uma CCD colorida Orion Parsec 10100C de segunda mão, colocarei abaixo as últimas imagens capturadas:

Algumas imagens tenho colocado no Astrobin e podem ser vistas no link abaixo:
http://www.astrobin.com/users/gpinto/

Atualmente considero o Astrobin o melhor site para repositório de imagens de astrofotografia.


M45 - Pleiades

M45 - ORION ED80 - CCD Orion Parsec 10100C
2h e 30 min de exposição em frames de 240s


Essa imagens é um exemplo do que se pode obter com exposições longas. Os melhores resultados são obtidos a partir de mais de 2 horas de exposição.


NGC 253 - Galáxia do Escultor


M27

M27 - C 9.25 - CCD Orion Parsec 10100C


NGC 104 - Tucanae 47

NGC104 - C 9.25 - Orion Parsec 10100C

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

M16 e M17 em Narrowband

Já faz algum tempo que eu pretendia fotografar a nebulosa da águia (M16) e a M17 em banda estreita.
Infelizmente as condições climáticas aqui do sul estão absurdamente ruins, com muita chuva, frio e nebulosidade.
Nesse final de agosto, em uma pequena trégua, consegui fazer 1h e 20 min de exposição por canal (SII,Ha e OIII) e assim completei o ciclo necessário para a produção da imagem em Hubble Palette.
Em um processamento básico, tudo no Photoshop, o resultado foi o seguinte:

M16 com Orion ED80T-CF + Atik 314E Mono
Ainda estou trabalhando em uma versão mais bem processada e breve postarei o resultado aqui abaixo.
Aqui um novo processamento da M16 com a paleta melhor ajustada:

M16 - Orion ED80T-CF e Atik 314E


M17 com Orion ED80T-CF + Atik 314E Mono

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sol com a ZWO ASI120MM

Após o primeiro ensaio com a DBK, que diga-se de passagem ainda não consegui encontrar os parâmetros ideais para captura, fiz novas capturas com a ASI120MM.
Não é novidade que essa câmera vem sendo muito bem avaliada, pois seus resultados são sempre muito bons.
A ASI120MM por ser monocromática e por permitir resoluções bem maiores, até 1280 x 960 a taxa de 35 FPS, já se tornou a minha favorita para fotografias solares.

Felizmente o tempo abriu e fiz diversas capturas testando diversos parâmetros no SharpCap.
Os melhores resultados foram obtidos com a seguinte configuração:

[ASI120MM Camera (ZWO Design)]
Frame Divisor=1
Resolution=1280x960
Frame Rate (fps)=+Infinito
Colour Space / Compression=MONO8
Pan=0
Tilt=0
Exposure (s)=0,005
Brightness=4
Gamma=1
Gain=9

Eis os resultados:

Coronado PST + Powermate 2.5x e ASI120MM


Coronado PST + Powermate 2.5x e ASI120MM

terça-feira, 30 de julho de 2013

Primeiras fotos do Sol com Coronado PST

Finalmente pude realizar as primeiras fotos do nosso Sol.
O equipamento utilizado foi:

Telescópio: Coronado PST
Câmera: DBK21au618
Barlow: Powermate 2.5xNa foto abaixo mostra ele acoplado no dovetail LDX75 da Meade.
Montagem: Celestron Advanced CG-5

Considerações iniciais

 

O Coronado PST é um pequeno telescópio de 40mm de abertura e distância focal de 400mm. Portanto é um equipamento de razão focal F/10 (400/40).

 

Custo: Consegui comprá-lo por U$ 499,00 em uma promoção oferecida pela loja www.amazon.com.

Seu preço normal é de U$ 599,00 ou U$ 699,00, dependendo dos acessórios inclusos.

No meu caso veio na caixa somente o tubo e uma ocular do tipo Kelnner de 20mm.

Um detalhe importante é que ele não vem com qualquer suporte ou dovetail para fixação na montagem.
Embaixo vem com dois furos compatíveis com a rosca do tripés fotográficos.

Fica muito difícil fazer a filmagem em tripé fotográfico dada a imprecisão e falta de acompanhamento. Para observações visuais serve perfeitamente.

 

 

Foto mostrando o dovetail LXD75 da Meade fixado na furação existente a fim de poder encaixá-lo na montagem equatorial:

 

Ele foi desenvolvido especialmente para observação solar, pois possui um filtro H-Alpha.

Esse filtro permite a observação da cromosfera, que é algo impossível de se ver com os filtros de luz barnca ou películas.

É na cromosfera que se pode ver as protuberâncias solares e outros detalhes de sua superfície.

 

PERIGO!

O filtro H-Alpha que vem embutido nesse telescópio é especial para usar com o Sol, sendo que outros tipos de filtro H-Alpha para fotografia CCD, por exemplo, não podem ser utilizados sob pena de danos permanentes à visão.


O Coronado PST (Personal Solar Telescope) foi desenvolvido para observações visuais, entretanto com o uso de barlow é possível se obter foco com câmeras de astrofotografia, webcam. Para usar com DSLR é necessário um extensor variável (não testei). Pelo que andei pesquisando, excelentes resultados são obtidos com a Televue Powermate 2.5x e Câmeras monocromáticas. No meu caso fiz o primeiro ensaio utilizando uma câmera colorida, a DBK21au618 sem filtro IR.

A utilização de câmera colorida não é recomendável pois perde-se em resolução, já que a matriz bayer sobre o sensor não permite o aproveitamento integral dos pixels. Somente o Canal R(red) é utilizado.

 

 


Captura:

O primeiro grande desafio é conseguir o foco e depois o ajuste dos parâmetros de captura.

A fotografia solar é peculiar, pois é necessário se fazer dois tipos de captura:

A primeira com super exposição é utilizada para capturar as proeminências e a segunda com baixa exposição para se ver os detalhes da superfície.

O resultado é obtido com uma combinação das duas imagens feito tudo no Photoshop.

No meu primeiro ensaio fiz uma captura única buscando o equilíbrio entre o registro das proeminências e também da superfície. Abaixo segue o vídeo produzido em AVI (800 frames). Quero registrar que 800 frames é muito. 500 já são suficientes. Infelizmente só descobri isso depois.

Após a captura, utilizei o programa AutoStakket para fazer o empilhamento e alinhamento. O resultado foi o seguinte:

Trabalhando no photoshop, a primeira coisa que fiz foi converter a imagem para preto e branco e ajustar as exposições para obter as seguintes imagens:

e da superfície:

COLORIZAÇÃO


Como as fotos ficaram em preto e branco utilizei os seguintes passos para "colorizá-las"

RESULTADOS

Depois disso tudo e fazendo pequenos ajustes de saturação e nitidez as fotos ficaram assim:

RESULTADO FINAL:

Fazendo a combinação das duas fotos obtive os seguintes resultados:

ATUALIZAÇÃO:

Para minha grata surpresa a imaging source publicou minha foto em seu Blog:

http://www.astronomycameras.com/blog/archive/20130805/the-sun-dbk-21au618as/


terça-feira, 2 de julho de 2013

M8 em Narrowband

Para registrar a M8 foram feitas exposições de 80 minutos por canal:

Telescópio: Orion ED80T-CF (80mm)
Montagem: Orion Atlas
CCD: Atik 314E monocromático
Tempo de exposição: 80 min por canal de cor
Subframes: 240 segundos

Composição da Paleta de Hubble:

R: SII
G: Ha
B: OIII

Após empilhamento no DSS, as fotos foram tratadas individualmente no PS, tendo por base os tutoriais dos seguintes links, citados pelo astrofógrafo Jorge (lhvilatur) no Cosmoforum:

http://www.imagingdeepsky.com/Presentations.html

http://www.rdelsol.net/ClippingMasks/ClippingMask.html

O assunto é vasto e existem uma infinidade de técnicas, portanto segui alguns passos e modifiquei outros.
A paleta de Hubble é apenas uma das opções para se destacar detalhes dos objetos e pode variar suas configurações de acordo com o que se quer destacar.

O enquadramento não ficou como deveria. A dificuldade em saber que parte da nebulosa está se footgrafando é grande. Como uso normalmente uma exposição de 30 segundos para identificar o objeto, enquadro no centro a parte mais brilhante.

A M8 é uma grande nebulosa e para poder-se visualizá-la por completo com a Atik é necessário a utilização de um redutor focal. Não foi o caso da foto abaixo e ficará para outra oportunidade.

O tempo colaborando, o próximo registro será a M16 - Nebulosa da Águia, famosa por conter os famosos pilares da criação.

A constelação de Sagitário realmente contém muitos objetos para serem fotografados e nessa época do ano eles se apresentam em uma posição muito boa para registro fotográfico.

M8 - Narrowband - ED80T e Atik 314E

quinta-feira, 27 de junho de 2013

M20 em narrowband - variações

Uma das grandes vantagens de se fotografar com uma câmera monocromática é sua versatilidade no uso de filtros. Isso além de proporcionar um absoluto controle sobre a forma com que será feita a foto, permite se conseguir resultados surpreendentes.
Os filtros de banda estreita permitem passar uma estreita onda de luz, uma onda selecionada, deixando de lado o restante do espectro luminoso. Eles podem ser utilizados inclusive em noite de lua cheia e com alta poluição luminosa. Esses filtros são tão seletivos que só irá passar as faixas que nos interessam para a astrofotografia.
Esse tipo de astrofotografia ficou mais conhecido graças as fotos do telescópio Hubble, que os utiliza bastante. Veja a foto abaixo um exemplo dos pilares da criaçāo, localizados na Nebulosa da Águia (M16) e que foram fotografados com os filtros de banda estreita:




Os filtros que possibilitam esse tipo de imagens são o Ha, o OIII e o SII:







De posse desses filtros, no meu caso todos da marca Orion, realizei um teste substituindo os filtros RGB por eles. Fiz então uma exposição de aproximadamente 1 hora com cada um, tento como alvo a Nebulosa Trifida ou M20. Depois disso, já no Photoshop, fiz as diversas combinações possíveis, substituindo os canais R,G e B, por cada uma das imagens obtidas em banda estreita e o resultado foram as fotos abaixo:
Todas as fotos foram feitas com o telescópio Orion ED80T CF e com CCD Atik 314E:

Primeiramente vejamos o que cada filtro registrou em 1 hora de exposição:

M20 - HA

M20 - OIII


M20 - SII


AGORA AS COMBINAÇÕES POSSÍVEIS:


M20 - OIII-SII-HA

M20 - SII-HA-OIII

 M20 - SII-OIII-HA

M20 -HA-OIII-SII

M20 - HA-SII-OIII

M20 - OIII-HA-SII

Para fins de comparação, abaixo a versão normal em RGB puro, sem luminance (L):

M20 em RGB 


A Famosa Hubble Palette (versão experimental)

M20 - Hubble Palette
A Hubble Palette é feita pela combinação Red:SII - Green:HA - Blue:OIII e depois são feitos os seguintes ajustes no "selective color" do Photoshop para se chegar a imagem acima:





terça-feira, 25 de junho de 2013

M8 e M20 esquecidas

Fotos feitas em 13 de junho com a Canon 450D (sem IR) da M8 e M20. Tiradas na mesma sessão:
1 hora de exposição em frames de 180s

M8 - ED80T e Canon 450D

M20 - ED80T e Canon 450

Abaixo uma versão feita com a ATIK 314E Mono. 1h e 20min por canal R,G e B e sem Luminance.
Processamento Photoshop:


domingo, 23 de junho de 2013

Super Lua - 23/06/13

Para registro:

Capturada com telescópio Orion ED80T e câmera  DBK21au618 com redutor focal de 0.5x (1000 frames)
De acordo com Observatório Astronómico de Lisboa, neste ano a super lua cheia será maior que anteriores, e tal só se deve verificar dentro de 18 anos.







Saturno com DBK21au618

As câmeras da Imaging Source são famosas para astrofotografia planetária. Uma delas sempre se destacou muito. Trata-se do modelo DBK21au618. É o modelo colorido e vem acompanhada por um excelente programa de captura que chama-se IC capture. Possui muitas opções de configuração de diversos parâmetros de captura. O ponto negativo é que não acompanha manual de instruções e assim tive que ajustar os parâmetros pela imagem que estava sendo captada.

Importante dizer que a turbulência estava moderada e isso influi muito na qualidade final da captura e consequentemente no resultado do processamento.

Esse modelo que testei não possui o filtro IR, sendo necessário rosquear um, a fim de que as imagens não fiquem tão avermelhadas, dada a sua alta sensibilidade para o vermelho.

Tive a oportunidade de realizar um pequeno teste na fria noite de 22 de junho e foram utilizados os seguintes equipamentos:

Telescópio : Celestron CPC (OTA) C 9.26
Redutor focal Celestron F/ 6.3
Barlow Powermate 5x -> para se conseguir F/31.5
Câmera : Imaging Source DBK21au618
Filtro: IR Block da GSO

Foram capturados 1500 frames em modo RAW e feito o debayer no Castrator.
As imagens foram empilhadas no AS!2

1. Imagem final produzida pelo AS!2


2. Primeiro processamento no PS CS3


3. Ajustes no Registax 6:


4. Ajustes finais novamente no Photoshop