terça-feira, 30 de julho de 2013

Primeiras fotos do Sol com Coronado PST

Finalmente pude realizar as primeiras fotos do nosso Sol.
O equipamento utilizado foi:

Telescópio: Coronado PST
Câmera: DBK21au618
Barlow: Powermate 2.5xNa foto abaixo mostra ele acoplado no dovetail LDX75 da Meade.
Montagem: Celestron Advanced CG-5

Considerações iniciais

 

O Coronado PST é um pequeno telescópio de 40mm de abertura e distância focal de 400mm. Portanto é um equipamento de razão focal F/10 (400/40).

 

Custo: Consegui comprá-lo por U$ 499,00 em uma promoção oferecida pela loja www.amazon.com.

Seu preço normal é de U$ 599,00 ou U$ 699,00, dependendo dos acessórios inclusos.

No meu caso veio na caixa somente o tubo e uma ocular do tipo Kelnner de 20mm.

Um detalhe importante é que ele não vem com qualquer suporte ou dovetail para fixação na montagem.
Embaixo vem com dois furos compatíveis com a rosca do tripés fotográficos.

Fica muito difícil fazer a filmagem em tripé fotográfico dada a imprecisão e falta de acompanhamento. Para observações visuais serve perfeitamente.

 

 

Foto mostrando o dovetail LXD75 da Meade fixado na furação existente a fim de poder encaixá-lo na montagem equatorial:

 

Ele foi desenvolvido especialmente para observação solar, pois possui um filtro H-Alpha.

Esse filtro permite a observação da cromosfera, que é algo impossível de se ver com os filtros de luz barnca ou películas.

É na cromosfera que se pode ver as protuberâncias solares e outros detalhes de sua superfície.

 

PERIGO!

O filtro H-Alpha que vem embutido nesse telescópio é especial para usar com o Sol, sendo que outros tipos de filtro H-Alpha para fotografia CCD, por exemplo, não podem ser utilizados sob pena de danos permanentes à visão.


O Coronado PST (Personal Solar Telescope) foi desenvolvido para observações visuais, entretanto com o uso de barlow é possível se obter foco com câmeras de astrofotografia, webcam. Para usar com DSLR é necessário um extensor variável (não testei). Pelo que andei pesquisando, excelentes resultados são obtidos com a Televue Powermate 2.5x e Câmeras monocromáticas. No meu caso fiz o primeiro ensaio utilizando uma câmera colorida, a DBK21au618 sem filtro IR.

A utilização de câmera colorida não é recomendável pois perde-se em resolução, já que a matriz bayer sobre o sensor não permite o aproveitamento integral dos pixels. Somente o Canal R(red) é utilizado.

 

 


Captura:

O primeiro grande desafio é conseguir o foco e depois o ajuste dos parâmetros de captura.

A fotografia solar é peculiar, pois é necessário se fazer dois tipos de captura:

A primeira com super exposição é utilizada para capturar as proeminências e a segunda com baixa exposição para se ver os detalhes da superfície.

O resultado é obtido com uma combinação das duas imagens feito tudo no Photoshop.

No meu primeiro ensaio fiz uma captura única buscando o equilíbrio entre o registro das proeminências e também da superfície. Abaixo segue o vídeo produzido em AVI (800 frames). Quero registrar que 800 frames é muito. 500 já são suficientes. Infelizmente só descobri isso depois.

Após a captura, utilizei o programa AutoStakket para fazer o empilhamento e alinhamento. O resultado foi o seguinte:

Trabalhando no photoshop, a primeira coisa que fiz foi converter a imagem para preto e branco e ajustar as exposições para obter as seguintes imagens:

e da superfície:

COLORIZAÇÃO


Como as fotos ficaram em preto e branco utilizei os seguintes passos para "colorizá-las"

RESULTADOS

Depois disso tudo e fazendo pequenos ajustes de saturação e nitidez as fotos ficaram assim:

RESULTADO FINAL:

Fazendo a combinação das duas fotos obtive os seguintes resultados:

ATUALIZAÇÃO:

Para minha grata surpresa a imaging source publicou minha foto em seu Blog:

http://www.astronomycameras.com/blog/archive/20130805/the-sun-dbk-21au618as/


terça-feira, 2 de julho de 2013

M8 em Narrowband

Para registrar a M8 foram feitas exposições de 80 minutos por canal:

Telescópio: Orion ED80T-CF (80mm)
Montagem: Orion Atlas
CCD: Atik 314E monocromático
Tempo de exposição: 80 min por canal de cor
Subframes: 240 segundos

Composição da Paleta de Hubble:

R: SII
G: Ha
B: OIII

Após empilhamento no DSS, as fotos foram tratadas individualmente no PS, tendo por base os tutoriais dos seguintes links, citados pelo astrofógrafo Jorge (lhvilatur) no Cosmoforum:

http://www.imagingdeepsky.com/Presentations.html

http://www.rdelsol.net/ClippingMasks/ClippingMask.html

O assunto é vasto e existem uma infinidade de técnicas, portanto segui alguns passos e modifiquei outros.
A paleta de Hubble é apenas uma das opções para se destacar detalhes dos objetos e pode variar suas configurações de acordo com o que se quer destacar.

O enquadramento não ficou como deveria. A dificuldade em saber que parte da nebulosa está se footgrafando é grande. Como uso normalmente uma exposição de 30 segundos para identificar o objeto, enquadro no centro a parte mais brilhante.

A M8 é uma grande nebulosa e para poder-se visualizá-la por completo com a Atik é necessário a utilização de um redutor focal. Não foi o caso da foto abaixo e ficará para outra oportunidade.

O tempo colaborando, o próximo registro será a M16 - Nebulosa da Águia, famosa por conter os famosos pilares da criação.

A constelação de Sagitário realmente contém muitos objetos para serem fotografados e nessa época do ano eles se apresentam em uma posição muito boa para registro fotográfico.

M8 - Narrowband - ED80T e Atik 314E