A figura abaixo mostra o exemplo do que estou falando:
Este blog destina-se a relatar minhas experiências com equipamentos, astrofotografia e processamento de imagens do céu profundo (Deep Sky) e planetária.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Remoção de vinhetagem
A figura abaixo mostra o exemplo do que estou falando:
M45 - NGC253 - M27 - NGC104
Algumas imagens tenho colocado no Astrobin e podem ser vistas no link abaixo:
http://www.astrobin.com/users/gpinto/
Atualmente considero o Astrobin o melhor site para repositório de imagens de astrofotografia.
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M45 - ORION ED80 - CCD Orion Parsec 10100C 2h e 30 min de exposição em frames de 240s |
Essa imagens é um exemplo do que se pode obter com exposições longas. Os melhores resultados são obtidos a partir de mais de 2 horas de exposição.
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M27 - C 9.25 - CCD Orion Parsec 10100C |
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NGC104 - C 9.25 - Orion Parsec 10100C |
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
M16 e M17 em Narrowband
Infelizmente as condições climáticas aqui do sul estão absurdamente ruins, com muita chuva, frio e nebulosidade.
Nesse final de agosto, em uma pequena trégua, consegui fazer 1h e 20 min de exposição por canal (SII,Ha e OIII) e assim completei o ciclo necessário para a produção da imagem em Hubble Palette.
Em um processamento básico, tudo no Photoshop, o resultado foi o seguinte:
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M16 com Orion ED80T-CF + Atik 314E Mono |
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Sol com a ZWO ASI120MM
Não é novidade que essa câmera vem sendo muito bem avaliada, pois seus resultados são sempre muito bons.
A ASI120MM por ser monocromática e por permitir resoluções bem maiores, até 1280 x 960 a taxa de 35 FPS, já se tornou a minha favorita para fotografias solares.
Felizmente o tempo abriu e fiz diversas capturas testando diversos parâmetros no SharpCap.
Os melhores resultados foram obtidos com a seguinte configuração:
[ASI120MM Camera (ZWO Design)]
Frame Divisor=1
Resolution=1280x960
Frame Rate (fps)=+Infinito
Colour Space / Compression=MONO8
Pan=0
Tilt=0
Exposure (s)=0,005
Brightness=4
Gamma=1
Gain=9
Eis os resultados:
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Coronado PST + Powermate 2.5x e ASI120MM |
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Coronado PST + Powermate 2.5x e ASI120MM |
terça-feira, 30 de julho de 2013
Primeiras fotos do Sol com Coronado PST
Finalmente pude realizar as primeiras fotos do nosso Sol.
O equipamento utilizado foi:
Telescópio: Coronado PST
Câmera: DBK21au618
Barlow: Powermate 2.5xNa foto abaixo mostra ele acoplado no dovetail LDX75 da Meade.
Montagem: Celestron Advanced CG-5
Considerações iniciais
O Coronado PST é um pequeno telescópio de 40mm de abertura e distância focal de 400mm. Portanto é um equipamento de razão focal F/10 (400/40).
Custo: Consegui comprá-lo por U$ 499,00 em uma promoção oferecida pela loja www.amazon.com.
Seu preço normal é de U$ 599,00 ou U$ 699,00, dependendo dos acessórios inclusos.
No meu caso veio na caixa somente o tubo e uma ocular do tipo Kelnner de 20mm.
Um detalhe importante é que ele não vem com qualquer suporte ou dovetail para fixação na montagem.
Embaixo vem com dois furos compatíveis com a rosca do tripés fotográficos.
Fica muito difícil fazer a filmagem em tripé fotográfico dada a imprecisão e falta de acompanhamento. Para observações visuais serve perfeitamente.
Foto mostrando o dovetail LXD75 da Meade fixado na furação existente a fim de poder encaixá-lo na montagem equatorial:
É na cromosfera que se pode ver as protuberâncias solares e outros detalhes de sua superfície.
PERIGO!
O filtro H-Alpha que vem embutido nesse telescópio é especial para usar com o Sol, sendo que outros tipos de filtro H-Alpha para fotografia CCD, por exemplo, não podem ser utilizados sob pena de danos permanentes à visão.
O Coronado PST (Personal Solar Telescope) foi desenvolvido para observações visuais, entretanto com o uso de barlow é possível se obter foco com câmeras de astrofotografia, webcam. Para usar com DSLR é necessário um extensor variável (não testei). Pelo que andei pesquisando, excelentes resultados são obtidos com a Televue Powermate 2.5x e Câmeras monocromáticas. No meu caso fiz o primeiro ensaio utilizando uma câmera colorida, a DBK21au618 sem filtro IR.
Captura:
O primeiro grande desafio é conseguir o foco e depois o ajuste dos parâmetros de captura.
A fotografia solar é peculiar, pois é necessário se fazer dois tipos de captura:
A primeira com super exposição é utilizada para capturar as proeminências e a segunda com baixa exposição para se ver os detalhes da superfície.
O resultado é obtido com uma combinação das duas imagens feito tudo no Photoshop.
No meu primeiro ensaio fiz uma captura única buscando o equilíbrio entre o registro das proeminências e também da superfície. Abaixo segue o vídeo produzido em AVI (800 frames). Quero registrar que 800 frames é muito. 500 já são suficientes. Infelizmente só descobri isso depois.
Após a captura, utilizei o programa AutoStakket para fazer o empilhamento e alinhamento. O resultado foi o seguinte:
Trabalhando no photoshop, a primeira coisa que fiz foi converter a imagem para preto e branco e ajustar as exposições para obter as seguintes imagens:
COLORIZAÇÃO
Como as fotos ficaram em preto e branco utilizei os seguintes passos para "colorizá-las"
RESULTADOS
Depois disso tudo e fazendo pequenos ajustes de saturação e nitidez as fotos ficaram assim:
RESULTADO FINAL:
Fazendo a combinação das duas fotos obtive os seguintes resultados:
ATUALIZAÇÃO:
Para minha grata surpresa a imaging source publicou minha foto em seu Blog:
http://www.astronomycameras.com/blog/archive/20130805/the-sun-dbk-21au618as/
terça-feira, 2 de julho de 2013
M8 em Narrowband
Telescópio: Orion ED80T-CF (80mm)
Montagem: Orion Atlas
CCD: Atik 314E monocromático
Tempo de exposição: 80 min por canal de cor
Subframes: 240 segundos
Composição da Paleta de Hubble:
R: SII
G: Ha
B: OIII
Após empilhamento no DSS, as fotos foram tratadas individualmente no PS, tendo por base os tutoriais dos seguintes links, citados pelo astrofógrafo Jorge (lhvilatur) no Cosmoforum:
http://www.imagingdeepsky.com/Presentations.html
http://www.rdelsol.net/ClippingMasks/ClippingMask.html
O assunto é vasto e existem uma infinidade de técnicas, portanto segui alguns passos e modifiquei outros.
A paleta de Hubble é apenas uma das opções para se destacar detalhes dos objetos e pode variar suas configurações de acordo com o que se quer destacar.
O enquadramento não ficou como deveria. A dificuldade em saber que parte da nebulosa está se footgrafando é grande. Como uso normalmente uma exposição de 30 segundos para identificar o objeto, enquadro no centro a parte mais brilhante.
A M8 é uma grande nebulosa e para poder-se visualizá-la por completo com a Atik é necessário a utilização de um redutor focal. Não foi o caso da foto abaixo e ficará para outra oportunidade.
O tempo colaborando, o próximo registro será a M16 - Nebulosa da Águia, famosa por conter os famosos pilares da criação.
A constelação de Sagitário realmente contém muitos objetos para serem fotografados e nessa época do ano eles se apresentam em uma posição muito boa para registro fotográfico.
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M8 - Narrowband - ED80T e Atik 314E |
quinta-feira, 27 de junho de 2013
M20 em narrowband - variações
Os filtros de banda estreita permitem passar uma estreita onda de luz, uma onda selecionada, deixando de lado o restante do espectro luminoso. Eles podem ser utilizados inclusive em noite de lua cheia e com alta poluição luminosa. Esses filtros são tão seletivos que só irá passar as faixas que nos interessam para a astrofotografia.
Esse tipo de astrofotografia ficou mais conhecido graças as fotos do telescópio Hubble, que os utiliza bastante. Veja a foto abaixo um exemplo dos pilares da criaçāo, localizados na Nebulosa da Águia (M16) e que foram fotografados com os filtros de banda estreita:
Os filtros que possibilitam esse tipo de imagens são o Ha, o OIII e o SII:
De posse desses filtros, no meu caso todos da marca Orion, realizei um teste substituindo os filtros RGB por eles. Fiz então uma exposição de aproximadamente 1 hora com cada um, tento como alvo a Nebulosa Trifida ou M20. Depois disso, já no Photoshop, fiz as diversas combinações possíveis, substituindo os canais R,G e B, por cada uma das imagens obtidas em banda estreita e o resultado foram as fotos abaixo:
Todas as fotos foram feitas com o telescópio Orion ED80T CF e com CCD Atik 314E:
Primeiramente vejamos o que cada filtro registrou em 1 hora de exposição:
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M20 - HA |
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M20 - OIII |
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M20 - SII |
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M20 - OIII-SII-HA |
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M20 - SII-HA-OIII |
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M20 - SII-OIII-HA |
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M20 -HA-OIII-SII |
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M20 - HA-SII-OIII |
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M20 - OIII-HA-SII |
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M20 em RGB |
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M20 - Hubble Palette
A Hubble Palette é feita pela combinação Red:SII - Green:HA - Blue:OIII e depois são feitos os seguintes ajustes no "selective color" do Photoshop para se chegar a imagem acima:
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terça-feira, 25 de junho de 2013
M8 e M20 esquecidas
domingo, 23 de junho de 2013
Super Lua - 23/06/13
Saturno com DBK21au618
Importante dizer que a turbulência estava moderada e isso influi muito na qualidade final da captura e consequentemente no resultado do processamento.
Esse modelo que testei não possui o filtro IR, sendo necessário rosquear um, a fim de que as imagens não fiquem tão avermelhadas, dada a sua alta sensibilidade para o vermelho.
Tive a oportunidade de realizar um pequeno teste na fria noite de 22 de junho e foram utilizados os seguintes equipamentos:
Telescópio : Celestron CPC (OTA) C 9.26
Redutor focal Celestron F/ 6.3
Barlow Powermate 5x -> para se conseguir F/31.5
Câmera : Imaging Source DBK21au618
Filtro: IR Block da GSO
Foram capturados 1500 frames em modo RAW e feito o debayer no Castrator.
As imagens foram empilhadas no AS!2